16 de out. de 2010

UM POUCO DA HISTÓRIA DA CHÁCARA GIRA-SSÓIS

A decisão de preservar e ampliar o resquício de mata de cerrado que econtrei, em 1997, quando da compra da chácara Gira-Ssóis (isso mesmo, com dois ss) já estava em minha cabeça. E aí vai um pequeno histórico do que encontrei: nada, ou quase nada. Para minha sorte tinha água, muita água.

De resto, só uma capineira de mais ou menos dois metros de altura, muita pedra, pouca terra e boa parte do terreno devassado por queimadas, as últimas em dois anos seguidos. Combinei com o meu então caseiro, o sr. José, que em um mês aquilo tudo estaria roçado especialmente o terreno que corresponde da metade para baixo onde persistiam árvores esturricadas pelo fogo e tocos com brotos novos. Alí, o roço virou uma limpeza geral do capim para verificarmos a condição do terreno.

Mais de 500 mudas foram plantadas nessa área, muitas morreram, mas boa parte prosperou. Aos poucos, a mata foi se refazendo sem qualquer interferência a não ser limpezas, ao fim das invernadas, da braquiaria que persistia em nascer. Como o terreno é em declive, optei por manter boa parte da braquiara para evitar a erosão decorrente da violência com a qual a água da chuva desce.

No ano passado, conheci a Andréia, o Fábio e o Jorge. Já tinha ouvido falar em permacultura e agrofloresta. Pesquisei alguma página em sites como o do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), o qual recomendo. Com eles, viajei na ideia de um grupo no Lago Oeste. Entre as tantas coisas que envolvem o princípio da permacultura, optei em criar um piloto agroflorestal, em outubro de 2009, de cerca de 1.500 metros quadrados na área mais degradada, ou seja, 70% só pedra.

Já no mês de setembro foram abertas mais ou menos 300 berços, a maioria de um metro de largura por um de profundidade; o terreno calcariado; os berços adubados com esterco de gado, cama de frango e iorin - adubo orgânico que, creio, se escreve assim. Vamos ao que foi plantado: 600 mudas de abacaxi; 60 bananeiras de todos os tipos; pouco mais de 400 mudas adquiridas no viveiro da Asproeste a um preço bem acessível; mudas de cana caíana e mandioca; e uma infinidade de sementes de árvores de cerrado, feijão guandú e de frutas compradas no mercado, como mamão, laranja, etc.

Bom, como seria praticamente impossível descrever o que saiu deste sonho, preferi postar as fotos de como era o terreno, o início do trabalho e, finalmente, como estava mais ou menos em abril de 2010. Infelizmente, estou sem máquina e não posso mostrar como está agora. Recomendo que venham visitar para que vejam pessoalmente.

Ah, importante frisar que fiz centenas de coberturas com folhas secas e tocos de árvores, além de uma irrigação por santena para que as mudinhas aguentassem a seca. Para não fugir ao princípio de gasto mínimo de água, o projeto piloto foi irrigado, no máximo, duas vezes por semana no auge da seca. Vamos as fotos:

COMO ERA







MÃO NA MASSA. UFA!!!





COMO ESTAVA EM ABRIL



Gente, não poderia deixar de postar a foto de uma pequena parte da mata nativa a qual considero sagrada. Vejam o que é a força da natureza...



É isso aí pessoal!!

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