22 de out. de 2010

SEMENTES NA ASPROESTE

Compartilhadores(as),

Recebi o seguinte e-mail do nosso amigo agrofloresteiro Djalma. Na sua chácara, na rua 19 creio eu, também montou um piloto de agrofloresta. Como ele está em viagem de serviço até dezembro retransmito sua mensagem:

"Pedi também à Regina (eu estava em Santiago do Chile em meados de setembro) para que o Evangelista e o Natal pegassem algumas sementes nas árvores da cidade, o que foi feito. Acredito que quem necessitar de mudas de nativas a Asproeste terá condições de fornecer. Abs, Djalma".

Nessas primeiras chuvas, para quem deseja começar uma agrofloresta ou simplemente contribuir com para um ar mais puro na comunidade, valeria a pena dar um pulo na Asproeste para conferir. Basta procurar o Natal ou o Evangelista no viveiro que eles mantém por lá. Há 15 dias comprei, por preço bem barato, 40 mudas de mangabeiras, uma deliciosa fruta de cerrado e Mata Atlântica.

Saudações verdes, Marcos.

19 de out. de 2010

TOCA DA CORUJA - Como começamos

A permacultura nos ensina a sermos responsáveis por nossa própria existência. Desde que chegamos ao Lago Oeste, em 2002, estamos caminhando passo a passo para sermos parte da solução e não do problema. Quando chegamos, a chácara era um campo de 2 hectares de capim braquiária. Uma terra que passou por sucessivos monocultivos e depois se tornou um pasto degradado.

Inspirados pelas palavras de Bill Mollisson, David Holmgren e Ernest Gotsh, que nos ensinaram como a ocupação humana pode ter impactos positivos e aumentar a quantidade de vida consolidada em um espaço, começamos nosso desafio. Dia a dia, observando os padrões e trabalhando a favor da natureza, estamos consolidando uma ocupação produtiva e sustentável.

Nossas práticas hoje incluem plantio agroecológico de horta, grãos e agrofloresta; captação de água da chuva; psicultura em tanques de ferrocimento com água da chuva; energia solar; criação de animais; compostagem; ecofossa e outros.


Vamos aproveitar esse espaço para compartilhar as experiências da Toca da Coruja localizada na entrada B da rua 00.


Abraços,


Andrea, Fabio e Jorg

17 de out. de 2010

CHÁCARA GIRA-SSÓIS

Perdão compartilhadores e compartilhadoras mas esqueci um detalhe no meu post sobre a Chácara Girassóis: o endereço. Eu e a Ana - minha esposa - moramos na terceira travessa entre a rua 12 e 13. Saudações verdes, Marcos.

16 de out. de 2010

UM POUCO DA HISTÓRIA DA CHÁCARA GIRA-SSÓIS

A decisão de preservar e ampliar o resquício de mata de cerrado que econtrei, em 1997, quando da compra da chácara Gira-Ssóis (isso mesmo, com dois ss) já estava em minha cabeça. E aí vai um pequeno histórico do que encontrei: nada, ou quase nada. Para minha sorte tinha água, muita água.

De resto, só uma capineira de mais ou menos dois metros de altura, muita pedra, pouca terra e boa parte do terreno devassado por queimadas, as últimas em dois anos seguidos. Combinei com o meu então caseiro, o sr. José, que em um mês aquilo tudo estaria roçado especialmente o terreno que corresponde da metade para baixo onde persistiam árvores esturricadas pelo fogo e tocos com brotos novos. Alí, o roço virou uma limpeza geral do capim para verificarmos a condição do terreno.

Mais de 500 mudas foram plantadas nessa área, muitas morreram, mas boa parte prosperou. Aos poucos, a mata foi se refazendo sem qualquer interferência a não ser limpezas, ao fim das invernadas, da braquiaria que persistia em nascer. Como o terreno é em declive, optei por manter boa parte da braquiara para evitar a erosão decorrente da violência com a qual a água da chuva desce.

No ano passado, conheci a Andréia, o Fábio e o Jorge. Já tinha ouvido falar em permacultura e agrofloresta. Pesquisei alguma página em sites como o do Instituto Sócio-Ambiental (ISA), o qual recomendo. Com eles, viajei na ideia de um grupo no Lago Oeste. Entre as tantas coisas que envolvem o princípio da permacultura, optei em criar um piloto agroflorestal, em outubro de 2009, de cerca de 1.500 metros quadrados na área mais degradada, ou seja, 70% só pedra.

Já no mês de setembro foram abertas mais ou menos 300 berços, a maioria de um metro de largura por um de profundidade; o terreno calcariado; os berços adubados com esterco de gado, cama de frango e iorin - adubo orgânico que, creio, se escreve assim. Vamos ao que foi plantado: 600 mudas de abacaxi; 60 bananeiras de todos os tipos; pouco mais de 400 mudas adquiridas no viveiro da Asproeste a um preço bem acessível; mudas de cana caíana e mandioca; e uma infinidade de sementes de árvores de cerrado, feijão guandú e de frutas compradas no mercado, como mamão, laranja, etc.

Bom, como seria praticamente impossível descrever o que saiu deste sonho, preferi postar as fotos de como era o terreno, o início do trabalho e, finalmente, como estava mais ou menos em abril de 2010. Infelizmente, estou sem máquina e não posso mostrar como está agora. Recomendo que venham visitar para que vejam pessoalmente.

Ah, importante frisar que fiz centenas de coberturas com folhas secas e tocos de árvores, além de uma irrigação por santena para que as mudinhas aguentassem a seca. Para não fugir ao princípio de gasto mínimo de água, o projeto piloto foi irrigado, no máximo, duas vezes por semana no auge da seca. Vamos as fotos:

COMO ERA







MÃO NA MASSA. UFA!!!





COMO ESTAVA EM ABRIL



Gente, não poderia deixar de postar a foto de uma pequena parte da mata nativa a qual considero sagrada. Vejam o que é a força da natureza...



É isso aí pessoal!!